Crianças comportam-se como crianças!

Os meus filhos correm, saltam, dão gargalhadas sonoras, entusiasmam-se a contar qualquer coisa e falam alto, de olhos arregalados e com muitos gestos. E repetem até perceberem que alguém os está a ouvir com atenção. E pedem confirmação no fim: não é, mãe?

Os meus filhos exploram, são curiosos, querem ver tudo, ouvir tudo, mexer em tudo e fazer muitas perguntas.

Os meus filhos abraçam, dão beijos e fazem festas aos animais. Não os magoam. Não correm atrás deles nem lhes mexem para lhes fazer mal. Não. Correm atrás deles e fazem-lhes festas porque gostam deles. E, na sua inocência, acham que os animais também gostam. 

Os meus filhos não batem, não mordem, não arranham, nem dizem coisas para deixar ninguém triste. São ingénuos, inocentes e de bom coração. 

Mas os meus filhos não são adultos. Isso não. Os meus filhos não ficam sentados no sofá a ouvir conversas chatas, conversas de adultos que nada lhes dizem. Os meus filhos são crianças. Saudáveis e felizes. E, por isso, cheios de energia. 

Os meus filhos não ficam sentados à mesa do café a ouvir alguém queixar-se das dores nas cruzes. Eles levantam-se e procuram aventura. Mesmo que isso implique que a mãe tenha que se levantar amiúde e correr atrás deles. E a mãe, embora cansada, prefere isto a ter filhos amorfos. 

Quem não entende isto, paciência!